terça-feira, abril 12

Ganhei no Twitter : Crônicas do mundo ao revés - Flávio Aguiar



Fiquei super feliz pois ganhei um livro muito interessante no sorteio que a Boitempo promoveu no dia 22/03/11 pelo Twitter ( para seguir a Boitempo no Twitter : @editoraboitempo, quase não acreditei quando recebi a seguinte mensagem :


 Boitempo Editorial 

Parabéns @, ganhadora do exemplar autografado de "Crônicas do mundo ao revés"! Favor encaminhar e-mail para contato por DM.

Recebi um contato muito gentil por Kim Doria que enviou o livro juntamente com marcadores de páginas lindos ( eu não iria deixar passar a oportunidade de aumentar minha ainda iniciante coleção !) e alguns folder, adorei tudo ! Recebi o livro de maneira muito rápida ! Infelizmente ainda não consegui ler pois estou em provas do meu curso de Ciências Sociais e todo o tempo para leitura está dedicado aos livros técnicos, mas assim que puder irei ler.

E o mais legal : o livro veio autografado,meu primeiro livro autografado !!

Adorei conhecer a  editora Boitempo, que está com uma linha de livros fantástica abrangendo vários segmentos do conhecimento , confira AQUI.
Meus agradecimentos para a  Editora Boitempo pelo presente !

Agora vamos as fotos do livro !


Sobre o livro - Retirado do site da Boitempo :


Título: Crônicas do mundo ao revés
Autor(a): Flávio Aguiar
Prefácio: Maria Rita Kehl (apresentação)
Posfácio: Roniwalter Jatobá (orelha)
Páginas: 136
Ano de publicação: 2011
ISBN: 978-85-7559-170-3
Preço: R$ 30,00


Em seu primeiro livro escrito em Berlim, onde vive desde 2007, o escritor e professor de Literatura Brasileira da USP Flavio Aguiar desafia o leitor a distinguir ficção de realidade em dezenove histórias de amor, ódio e sobrevivência. Em Crônicas do mundo ao revés (Boitempo Editorial) – livro de contos, crônicas e "causos" –, a ambiguidade da narrativa é anunciada logo no início: uma das condições do mundo ao revés é não levar a sério demais quem narra, avisa o autor. “Somos bombardeados continuamente por imagens e mensagens sobre cuja idoneidade e veracidade não temos a menor ideia. Isso não nos impede, no entanto, de fazer escolhas nem de sair de uma história para entrar em outra”, afirma.


Exercendo liberdade total de expressão, Aguiar constrói múltiplos narradores que não se guiam pelo ideal do politicamente correto. Cada história é um fragmento de estilo, e o conjunto forma uma unidade tão controversa quanto a própria identidade do ser humano. Dividida em quatro partes (“Tempos difíceis”, “Palavras difíceis”, “Causos difíceis” e “Histórias difíceis”), a obra trata de uma variedade de temas que vão da história familiar do autor aos tempos da ditadura militar e suas cicatrizes na vida brasileira. “O livro se pauta pelo bom humor e pela ironia de seus narradores, mesmo ao enfrentar histórias trágicas, como muitas do golpe de 1964 e suas consequências. É um olhar irônico e distanciado que viaja também à infância e às pequenas histórias ocultas dos grandes segredos familiares”, diz o autor.


Como o autor ressalta numa "Advertência" inicial, o mundo ao revés é aquele onde se registra o impossível de acontecer – mas que, no entanto, acontece. Todas as histórias são permeadas por uma fina ironia, como a do militante da luta armada contra a ditadura no Cone Sul que se agarra à vida e sobrevive à prisão, mas não a supera, pelo contrário, alimenta pensamentos suicidas em seu retorno. O livro conta com apresentação da psicanalista Maria Rita Kehl e texto de orelha do escritor Roniwalter Jatobá.


Trecho


Contei para Ela o que vira. Não tem saída, disse Ela. Eles já estão dentro do edifício. Mas então, disse eu, o que estão esperando? Não sei, respondeu Ela. Só sei que ou vamos morrer ou vamos ser presos e levados para a tortura. Acho que prefiro morrer. Eu também, concordei. Você tem filhos? Ela perguntou de repente. Aquilo destoava das regras da Organização: nada de perguntas, de temas pessoais. A gente sabia que isso era desrespeitado com frequência. Mas essa era a regra. Não, respondi. Tenho irmãos. Minha mãe mora em Caxias do Sul. Não a vejo faz algum tempo. E você? Também não tenho filhos, disse Ela. Você é do Rio, não é? Perguntei. É, Ela disse. Percebi pelo sotaque, falei. Naquela situação completamente absurda, notei no escuro que ela sorrira. Eu não tenho sotaque, ela disse. Vocês é que têm. Ora, ora, eu disse, assim não vale. Vocês cariocas... De repente, Ela colocou os dedos em minha boca. Deu para ouvir, do lado de fora, que uma porta da perua se abrira. Corri até a janela. Um dos caras saiu, atravessou a rua, caminhou devagar, dobrou a esquina. Pela outra janela vimos que ele foi conversar com o cara do cigarro. E só. Ficou por ali, depois voltou para a perua, abriu a porta, entrou, bateu.


Sobre o autor


Flávio Aguiar nasceu em Porto Alegre (RS), em 1947, e reside atualmente na Alemanha, onde atua como correspondente para publicações brasileiras. Pesquisador e professor de Literatura Brasileira da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, tem mais de trinta livros de crítica literária, ficção e poesia publicados. Ganhou por três vezes o prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro, sendo um deles com o romance Anita (1999), também publicado pela Boitempo Editorial.


Aqui os marcadores !


Adorei esse com o Marx !

Alguns folder de lançamentos :






E vamos ler sempre !

Eu não posso viver sem livros.
Thomas Jefferson










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Ex-Libris Celia Costa Published @ 2014 by Ipietoon